Com José Mujica, presidente do
Uruguai, não tem meias palavras. Ao se referir à homóloga Cristina Kirchner,
disparou: ”Esta velha é pior que o caolho.”Caolho é (era) Nestor Kirchner,
ex-presidente e marido da presidente da Argentina. Cristina exigiu retratação.
Mujica silenciou. Ficou o dito pelo dito.
Cristina conduz muito mal a Argentina.
Os números da inflação, do PIB e do desemprego do país são maquiados.No
Mercosul, ela desrespeita os países do Bloco, inclusive o Brasil, com a
conivência da presidente Dilma. Que o digam os fabricantes de calçados e de
máquinas.
Mujica, ex-guerrilheiro Tupamaro, é
coerente. Defensor dos pobres, com ele discurso e prática andam de mãos dadas: a) usa seu automóvel
(um fusca antigo) ao invés do carro oficial; b) abriu mão das mordomias do Palácio
do governo para residir na sua modesta chácara no interior de Montevideo. Ele
me faz lembrar D. Elder Câmara. Defensor dos pobres, o saudoso arcebispo viveu
franciscanamente como sempre pregou.
TROCA DE FIGURINHAS
José Dirceu, indignado com sua
condenação no mensalão, ataca Luiz Fux. Diz que o ministro só chegou ao STF
pela promessa de absolvê-lo. O ex- ministro do Lula, querendo ou não
desqualificar o ministro, expõe as vísceras do Poder. Por outro lado, sua
raivosa reação dá razão aos ministros que adotaram a teoria do domínio do fato,
isto é, o chefe sabia – para não dizer, participava – das falcatruas montadas
nas entranhas do governo federal. Se houve troca de figurinhas entre Dirceu e Fux não sei. Mas a
acusação revela o grau de promiscuidade que envolve o critério de nomeação de
ministros do STF. É um toma lá, dá cá. Como, com Fux não deu certo, Dirceu se
sente traído. A propósito, no momento em que s e trava nova luta pela vaga com
a aposentadoria do ministro Ayres Brito, é visível o empenho do PT em nomear
alguém alinhado a Dirceu. Ilibada conduta e notório saber, ficaram em segundo
plano. Que vergonha!
(IN)
GOVERNABILIDADE
O Estado caminha célere para a
ingovernabilidade. Tarso Genro sacará R$ 4,2 bilhões dos precatórios (que são
das partes litigantes em juízo) para financiar o déficit do seu governo. Além
disso, deixará mais R$ 10 bilhões referentes ao piso do magistério que, como
ministro, criou mas, como governador, não paga. Com esse estoque de dívidas, ao
próximo governo restará administrar a folha dos servidores. A senadora Ana
Amélia, palestrando a empresários, questionada se seria candidata ao Piratini,
respondeu: “Algum dos senhores assumiria o governo do RS nas condições em que
está hoje?” Ninguém se habilitou.
Ao ver crianças indígenas mendigando
pelas ruas, é forçoso lembrar a saga dessa espécie. Sobre os nativos, os
brancos se dividem. Para os mais
radicais, os índios mereciam ser exterminados; para os mais tolerantes, os índios
deveriam ser incorporados à sociedade não índia, na qual seriam “civilizados”.
Logo, para os intolerantes ou
tolerantes, o
fim seria o mesmo:
a eliminação da espécie. Menos mal que a CF/88 rompeu essa lógica.
Recente matéria publicada em revista
destaca que, no século 14, a malária matava muito na Europa. A doença, a bordo
de navios negreiros, chegou ao Brasil. Aqui, os índios já a curavam com o
extrato da casca da cinchona. Os jesuítas levaram mudas da planta para a
Europa. Lá, químicos franceses, isolaram a quinina, presente na cinchona, e
desenvolveram o remédio. De quebra, descobriram a água tônica, refrigerante de
quinino.
Sobre os índios, Leonardo Boffleciona:
"a
sabedoria de suas culturas se teceu mediante uma sintonia fina com o universo e
a escuta atenta da terra. Sabem, melhor que nós, casar céu e a terra, integrar
vida e morte, compatibilizar trabalho e diversão, confraternizar ser humano com
a natureza". Temos
muito a aprender com os índios.
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