quinta-feira, 7 de agosto de 2014

CONCERTO NO CENTRO CÍVICO

    Domingo não é o melhor dia para se assistir concertos. Pior ainda se for à noite. No entanto, se a atração é de alto nível, o público deixa o conforto da casa para um momento de levitação. Foi o que aconteceu no último domingo, no Centro Cívico Antônio Carlos Borges. É que a noite do dia 3-8-14 estava reservada para OSPA, quando Mozart, Beethoven e outros gênios da música, sob a regência de Evandro Matté, foram magistralmente interpretados.
Fazia quatro anos que a OSPA não se apresentava em Santa Rosa. Em 2010, quando pela 4ª e última vez presidi o Musicanto, tive a honra de contratá-la. Foi também um momento sublime, no Parque Municipal de Exposições, quando o seu regente dividiu o palco com ninguém menos que o Luiz Carlos Borges.
É verdade que o palco do CC é acanhado para orquestras numericamente grandes. No concerto último da OSPA, 50 musicistas nele se acotovelaram. Mais figuras, como é a composição completa da orquestra, não caberiam. Por isso, ao menos para amenizar o problema lembro que nos fundos do palco até a divisa com a Rua Santos Dumont, existe um espaço ocioso de 2 metros. Seria o caso de abrir a parede atual, erguendo outra no limite do espaço pertencente ao Município. Outra questão: dia e horário para concertos. Domingo à noite não se encaixa no perfil do público desse espetáculo. Melhor seria 10h, por exemplo, de domingo. Por óbvio, para idosos, a noite não é um bom programa fora do lar. Essa sugestão me foi dada pela professora Flávia Emmel, a quem Santa Rosa muito deve.

                                                    ASSASSINATOS CRESCEM
O número de assassinatos no Estado, no primeiro semestre do ano, na comparação com igual período de 2013, aumentou 22%. Só na Região Metropolitana de Porto Alegre foram 768 homicídios. Nessa conta trágica não estão computados os latrocínios (assaltos seguidos de morte) e outros delitos, e isso que no mês da Copa do Mundo os crimes no Brasil caíram muito.
 Nós nos compadecemos, com razão, com as mortes que se acumulam a cada dia na guerra entre Israel e o Hamas (Palestina). No entanto, não nos impressionamos com as vidas ceifadas mensalmente no RS. O Brasil vive uma permanente guerra civil.
Como referi, durante a Copa os crimes diminuíram. Qual ou quais as razões? É que no período as polícias se mobilizaram e se entrosaram, e o Exército Nacional, tantas vezes desmoralizado, se juntou às seguranças estadual e federal. E as polícias foram para as ruas.

                                                        FARSA EM DOSE DUPLA
A CPI da Petrobras, a exclusiva do Senado, é uma farsa. O seu controle está nas mãos do governo federal. Explico: numa comissão parlamentar de inquérito, os cargos importantes são a presidência e a relatoria. No caso, ambos da base aliada. Logo, é uma CPI chapa branca. Se isso não bastasse, o governo faz valer sua ampla maioria no Senado, ainda que à custa de concessões imorais. Em suma, a CPI do Senado foi criada para não pegar os corruptos.
Pois não é que, dentro dessa farsa, uma segunda farsa foi descoberta! Para que nenhum risco corresse o governo, foi montada uma fraude no Palácio do Governo, consistente em passar aos investigados as perguntas a serem feitas pelos senadores. Já os inquiridos foram treinados para as respostas uniforme, “convincentes”.
Com o esquema, as audiências da CPI não passaram de um teatro. As perguntas que os senadores fizeram à presidente da Petrobras Graça Foster, ao ex-presidente Sérgio Gabrielli e ao ex-diretor Nestor Cerveró foram elaboradas por pessoas do governo e previamente apresentadas aos interessados. Houve, inclusive, um treinamento para que as respostas fossem uniformes.
Enfim, temos farsa em dose dupla. A CPI no Senado, criada para proteger a Dilma, a presidente que, tal qual seu antecessor, quando se trata de corrupção, nada viu, nada sabe.

                                                    O PARECER DO CONSELHO
O Conselho Estadual de Educação está analisando um Parecer, de autoria não sei de quem, cuja finalidade é impedir, proibir, que as direções das escolas punam os alunos que infringirem as regras disciplinares.
Respeito para com os professores, faz muito tempo que alunos perderam. Agora, se a medida, em estudo, for adotada pelo CEED, o aluno transgressor será elevado à condição de Excelência. Quer dizer, a educação de mal a pior.

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