É
por demais conhecida a soberba argentina. Ainda na última Copa do
Mundo, nos jogos da sua seleção, os brasileiros provocavam os torcedores
do Messi, Di Maria e Cia. dizendo que eles não se davam por satisfeitos
comprando um ingresso por pessoa. Cada argentino comprava dois
ingressos, um para si e outro para o ego que cada um deles carrega.
Sobre a dívida da Argentina para com investidores dos EUA,
a expressão mais empregada é: eles são abutres. Já os credores devolvem
as provações dizendo que os argentinos são caloteiros. É claro que
ferir seu orgulho, é demais para a soberba dos hermanos. Aliás, soberba
que é antiga, fortemente estimulada no governo Carlos Menem (1991 e
seguintes), quando o seu ministro da Economia, Domingo Cavallo, que
melhor pronúncia seria se o seu sobrenome tivesse um “l” só, deu ao peso
equivalência de dólar: um peso valia um dólar. É claro que foi uma
medida artificial. Mas a mágica cria situações que a vida real às vezes
demora a desmistificar.
Hoje,
o abacaxi está nas mãos da presidente Cristina, como, até bem pouco,
esteve com Néstor. É do casal presidente - ele morto, ela reinando - a
expressão abutres, como forma de humilhar aqueles que apenas querem
receber o dinheiro que emprestaram aos caloteiros argentinos. Até aqui,
tudo bem. Cada um usa a arma que tem. Aliás, em briga de bugios, a arma
dos primatas é ... é isso mesmo. Faz mais estrago pelo mau odor que
exala do que pelo impacto contra o alvo.
Independente
de se saber se a culpa é de abutres ou de caloteiros ou de ambos, li
uma matéria interessante sobre o patrimônio constituído pelo casal
Kirschner quando Néstor, em Rio Gallegos, era advogado da Finsud, uma
financeira que operava com cobranças. Quando o falecido presidente, como
advogado, sabia que um proprietário deixava de pagar a parcela mensal
do crédito, ele ia até a casa do devedor e explicava suas opções: a) ter
a casa leiloada e ficar sem nada; a) vender a casa ao próprio advogado.
Em apenas cinco anos, o casal “comprou” 22 propriedades, de pessoas que
não podiam pagar - a preço de galinha morta.
Bem se vê que o conceito de abutre muda de devedor para devedor, de credor para credor.
NEGÓCIO DA CHINA OU DE CUBA
O
Mais Médico é um fabuloso negócio que se divide em dois tentáculos: a)
um para o lado econômico, em benefício da “democracia” de Cuba; outro
para o lado eleitoral, em favor da reeleição da Dilma.
Só
para relembrar, em agosto de 2013, chegaram ao Brasil os primeiros
médicos cubanos com a finalidade de aumentar o número de consultas em
regiões carentes. Um programa bom para os dois países: para Cuba, que
passou a faturar financeiramente muito; para o governo do Brasil, que
passou a faturar politicamente.
O
balanço desse ano de funcionamento, com 11.400 médicos cubanos,
apresenta o seguinte resultado: os cofres do ditador Raul Castro
receberam, só do Brasil, R$ 1.160.000.000,00, e a Organização
Pan-Americana de Saúde R$ 260.000.000,00. Para cada médico, o governo
brasileiro paga R$ 10.400,00, só que, desse valor, 70% é confiscado pela
ditadura de Cuba. Portanto, sobra para cada profissional apenas R$
3.120,00. Ora, se isso não é trabalho escravo, é o conceito de trabalho
escravo deve mudar.
HIPOCRISIA
No
funeral de Eduardo Campos (PSB), vi políticos lamentando, outros
chorando (lágrimas de crocodilo) a morte do candidato a presidente.
Alguns são os mesmos que, não fosse a tragédia, logo adiante estariam
achando defeitos e crucificando o ex-governador de Pernambuco. Mas na
hora da dor, os oportunistas de plantão se apresentam. Alguns estavam
inconsoláveis. É, morreu, vira santo. Ouvi, por exemplo: “Ah, quanta
falta fará!” “Ele foi um exemplo de homem público.” “O Brasil está de
luto e nós, brasileiros, órfãos.”
Ao
Lula e a tantos outros menos votados que procuraram faturar com a
desgraça da família Campos, cabe a frase do grande Machado de Assis no
conto O Empréstimo: “Está morto. Podemos elogiá-lo à vontade.”
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