quarta-feira, 9 de maio de 2018

SUCESSO, ALBERTO BELTRAME!

Ter representante nos governo do Estado e/ou Central, conta muito. No passado, Santa Rosa teve Ariosto Jaeger. Não era santa-rosense nativo, mas aqui começou sua vida pública como vereador, depois deputado, secretário de Estado e, por fim, conselheiro do TCE. Na época, as demandas da Região eram estradas, escolas, telefonia, energia elétrica, repartições públicas para atendimento direto ao público - quase tudo conquistado com a decisiva participação do filho adotado pela terra. Mas os adversários não o levavam livre. À falta de argumentos sólidos, o desqualificavam por não ter hábitos abstêmios. De fato, consumia Whisky, Cachaça etc para além do que se convencionou ser socialmente aceitável. Mas o que afastou Ariosto da terra que adotara e dos seus eleitores da Região, foi o preconceito. Ainda nos anos 60, quando divorciar-se era pecado - ao menos para a igreja católica -, ele optou por outra mulher. Foi o suficiente para os moralistas massacrá-lo. Ariosto faleceu, faz pouco, esquecido, o que apenas prova que o poder é efêmero, e a fama, fugaz.
Sem ter nascido em Santa Rosa, Osmar Terra também foi na terra da Fenasoja, do Hortigranjeiro, do Musicanto e do Tape Porã que se armou cavaleiro para o peregrinar da vida política e administrativa do País. Deputado em seu 4º mandato, foi prefeito deste município, secretário de Estado de dois governos e, de 2016 até poucos dias atrás, ministro de Estado no governo Michel Temer.
Agora, entretanto, Santa Rosa atingiu o ponto mais alto do seu orgulho. Alberto Beltrame, nascido e criado na Rua Germano Dockhorn, Esquina com a Rua José Meneghetti, no Bairro Cruzeiro, nesta cidade, é o 1º filho da terra a assumir o cargo de ministro de Estado. Cargo disputadíssimo, lá chegou pela mão do Osmar Terra, é fato, mas o deputado do MDB só indicou seu colaborador para o posto pela certeza da capacidade, dedicação e experiência do indicado.
Alberto é médico, vocacionado para a coisa pública. É afável. Quando dirigia o Instituto de Cardiologia do RS, lá estive internado. O nosocômio, sob sua administração, saiu do estado falimentar para o estágio de excelência. Às vésperas de me submeter a uma cirurgia cardíaca, ele, que sequer me conhecia, me visitou para me tranquilizar. Esse é o lado humano pouco conhecido do ministro que entra para a história como o 1º santa-rosense nato em cargo do 1º escalão do governo federal.
Alberto, filho de Étore Alberto e Ivone, herdou do pai o gosto pela vida pública. Perspicaz e irônico, Étore foi vereador. Na época, foi comentado o discurso que fez na Câmara de Vereadores, então presidida pelo vereador Eduardo Batista, cabeleireiro de profissão. Homenageou a classe na pessoa do presidente do Legislativo como o homem da tesoura, fazendo gestos com os dedos indicador e médio da mão como se fossem partes do instrumento cortante. Já os seus adversários provocava dizendo que bastava o Ariosto anunciar a presença na Região para os companheiros do deputado entrarem “em cio”. Lembro ainda o trânsito político do pai do ministro. Vereador do PTB/MDB, foi eleito presidente da Câmara de Vereadores com os votos do PSD/Arena e com o apoio do prefeito Arno Pilz, PSD/Arena, seu ferrenho adversário político.

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